“As estradas ainda estão obstruídas, do PRONAMPE para os empreendedores só chegou 26%, do dinheiro para a saúde 25%, para a educação 24%, os recursos não chegam no Estado de forma concreta” afirmou Rodrigo em entrevista na tarde desta quinta-feira (26/09).
Perguntado sobre o Fundo do Plano Rio Grande – FUNRIGS, que deve ser direcionado para a reconstrução do Estado, Rodrigo lamentou a demora na liberação dos recursos e contou que ficou preocupado com a explicação da secretária da Fazenda, Pricilla Santana, que disse que os investimentos precisam ser submetidos à Brasília, pois grande parte é oriunda do não pagamento da dívida com a União. O deputado assegurou que entende e que deve ser assim mesmo, de acordo com a legislação. “Mas aí ela disse que está demorando, porque foram colocados no projeto custos que o Estado teve com os procedimentos de organização nos momentos dos resgates. O dinheiro não é pra isso. Esse dinheiro o Estado tinha que aportar, ou se não aportou, ou se aportou e vai faltar tem que cobrar da União, mas não pode tirar do fundo de recuperação e reconstrução do Estado”, afirmou. Para ele isso pode ser mais um malabarismo fiscal do governo, querendo drenar o dinheiro que deveria ser investido na reconstrução para fazer sua peça orçamentária ficar melhor. “Isso não é correto do ponto de vista contábil e é irresponsável do ponto de vista humano”, advertiu.
Destinar recursos para atender os gaúchos, segundo Rodrigo, não é nenhum gesto de grandeza, nem do governo estadual, nem do governo federal, é o modelo federativo do Brasil que impõe isso, é obrigação desses entes federados se responsabilizarem pelo processo de recuperação. Mas, salientou, “como são dois governos muito talentosos na comunicação e pouquíssimos talentosos nas entregas, despejam muito dinheiro em propaganda, parece que tem um grande feito… Aí eles vão lá, assinam os papéis, pagam anúncios na mídia, fazem todo aquele festival, depois na hora de fazer as entregas eles não conseguem. Primeiro porque não têm gestão e segundo porque na hora da entrega eles brigam pra ver de quem é o pai da criança. Nós temos dois governos que não conseguiram entregar nada para o Rio Grande do Sul de forma concreta”.
O líder da bancada do PL já adiantou que o trabalho na Assembleia Legislativa será focado na fiscalização da destinação destes recursos, para garantir que cheguem nas pessoas e para que sejam feitas as obras de prevenção necessárias à segurança dos gaúchos.