Antes famosa graças a sua indústria de aço e carvão, Dortmund, no oeste da Alemanha, é notória há décadas por uma cena neonazista altamente ativa. Em 2015, formou-se uma força-tarefa especial para combater os extremistas, cujos primeiros frutos o comissário-chefe Gregor Lange anuncia orgulhosamente.
Em 2019, a cidade registrou uma acentuada queda de crimes por radicais de direita, em comparação ao ano anterior. Delitos como sedição, agressão verbal, propaganda racista e danos materiais caíram 25%; crimes violentos como provocação de incêndio e agressão física, 35%. O declínio é ainda mais notável em relação aos últimos cinco anos, com 50% e 80%, respectivamente.
“Reunimos agentes de Dortmund e mais além, colocando o combate a todo tipo de crime ultradireitista como foco para todos os nossos departamentos, pressionando a cena e mostrando continuamente nossa presença”, relatou Lange à DW. A força-tarefa “atuou contra cada delito – mesmo pequeno, como danos materiais ou exibição de símbolos nazistas – perseguindo cada um efetivamente”.
Assim Dortmund se contrapõe à tendência nacional, que acusou 14% mais crimes de ultradireita em 2019 do que no ano anterior. A municipalidade já começara a tomar providências uma década atrás, ao lançar um Plano de Ação Contra o Extremismo de Direita, reunindo autoridades municipais e grupos da sociedade civil.
Leia mais na Deutsche Welle