Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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Congresso francês autoriza pesticida que mata abelhas para salvar indústria da beterraba; RFI

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Uma abelha em uma flor dente de leão. Pixabay

A Assembleia Nacional da França aprovou nesta terça-feira (6) um polêmico projeto de lei que permite a reintrodução temporária de pesticidas que matam abelhas para salvar a indústria da beterraba. O debate no congresso francês foi acalorado, e o partido do presidente francês Emmanuel Macron, o República em Marcha (LREM), registrou uma longa disputa entre seus apoiadores na bancada governista.

No total, o projeto de lei obteve 313 votos a favor, 158 contra e 56 abstenções, e agora deve ser analisado no Senado francês em uma primeira leitura.

No LREM, 32 deputados votaram contra e 36 se abstiveram, um recorde inesperado, enquanto apenas 175 do grupo macronista liderado desde setembro por Christophe Castaner votaram a favor deste texto que prevê a reintrodução desses neonicotinóides, os inseticidas que matam abelhas.

A polêmica entre os deputados franceses é claro um sinal de que o “projeto de lei, difícil e importante” não conseguiu conciliar os adeptos da ecologia e da economia, sobretudo entre os apoiadores de Macron, como esperava Julien Denormandie, o Ministro da Agricultura. “Minha posição sobre este assunto não foi difícil de manter no grupo. Todos entenderam”, disse Sandrine Le Feur, deputada do LREM e agricultora de profissão.

Toda a esquerda francesa votou em bloco contra o projeto de lei sobre os pesticidas, a maioria do partido governista e do MoDem [centro-direita] a favor, mas a maioria dos grupos estava dividida.

“Há votos que fogem da lógica partidária porque participam de escolhas éticas”, argumentou a ex-ministra do Meio Ambiente Delphine Batho, feroz oponente da volta dos neonicotinóides.

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