O Banco Central optou por continuar a aumentar a Selic em 1,5 p.p. como na última reunião, elevando a Selic, assim, para 9,25% a.a.. Na avaliação do presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, essa decisão vem em linha com o que já havia sido antecipado no último comunicado. “Um choque de 1,5 p.p. não é um choque desprezível e com a atividade já mostrando perda de tração, a alta dos juros básicos da economia deve representar impactos relevantes nos próximos meses.”
O problema, porém segundo Bohn, continua sendo a desancoragem das expectativas, especialmente motivada pela dinâmica das finanças públicas. O abandono da âncora fiscal do Teto de Gastos com as mudanças recentemente aprovadas pelo Legislativo foi certamente um elemento relevante na composição das expectativas nas últimas semanas. “Como temos reiterado, a Fecomércio-RS sempre defendeu uma política fiscal responsável por que sabe que esse é o caminho para taxas de juros estruturalmente mais baixas – algo fundamental para a dinâmica saudável da atividade econômica.”, diz Bohn.