Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Futuro aponta para alianças entre cooperativas, por Patrícia Feiten/Correio do Povo

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Líderes do setor afirmam que a associação regional entre as organizações é fundamental para o crescimento, pois reduz custos operacionais, favorece o ganho em escala e abre o caminho para novas oportunidades de mercado. De Cruz Alta, a CCGL, que reúne 30 cooperativas, é um exemplo do potencial industrial do setor, tendo atingido mais de R$ 34,7 bilhões em receita no ano de 2021 e operando atualmente uma capacidade de processamento de leite de 2,2 milhões de litros por dia | Foto: Marketing CCGL / Divulgação

 

 

Ao contrário de muitos modelos de negócios que não conseguiram sobreviver ao turbilhão de mudanças desencadeadas pelo coronavírus, as cooperativas agropecuárias gaúchas saíram fortalecidas da pandemia. Representado por 121 organizações registradas no Rio Grande do Sul, o segmento emplacou uma receita de R$ 51 bilhões no ano passado, em um salto de 45,9% em relação ao faturamento alcançado em 2020, de acordo com dados do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, divulgados no dia 28 de junho. Neste ano, apesar da valorização dos produtos agrícolas, a disparada dos custos operacionais expôs o sistema a um novo teste de resistência.

No topo da lista de preocupações dos cooperados, estão os aumentos de preços de combustíveis e fertilizantes, afirma o presidente da Ocergs, Darci Hartmann. A solidez do segmento também foi colocada à prova pelos impactos da estiagem nas culturas de verão, que em algumas regiões do Estado significaram perdas de 80%, obrigando os produtores a renegociar dívidas e a buscar fontes de recursos para financiar a lavoura de inverno. “A resiliência das cooperativas é muito grande. Se tivermos uma boa safra de trigo e depois uma boa safra de soja, conseguimos resolver parte desses desafios”, avalia Hartmann.

Segundo o presidente da Ocergs, muitas organizações do setor reagiram ao cenário adverso dos dois últimos anos estabelecendo alianças regionais, tendência que deve se acentuar nos próximos anos. “Para crescer, temos de fazer negócios em conjunto, reduzir custos operacionais, ganhar escala e, acima de tudo, enxergar oportunidades que, muitas vezes, uma cooperativa sozinha não enxerga”, diz Hartmann.

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