Porto Alegre, sexta, 29 de novembro de 2024
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Precisão robótica na alimentação de suínos, por Patrícia Feiten/Correio do Povo

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Receita dos embarques totalizaram US$ 248,9 milhões no mês

 

 

Semelhante a um carro transportador de alimentos, um equipamento automatizado circula entre as baias de uma granja de suínos, distribuindo ração em quantidades milimetricamente calculadas para os animais, enquanto toca a Suíte Nº1 em Sol Maior para Violoncelo, do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750). Usado em um experimento da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), o robô é um exemplo de como os princípios da zootecnia de precisão vêm mudando a realidade das propriedades dedicadas à suinocultura no Brasil. Conduzida no ano passado em parceria com a agtech Roboagro e com a cooperativa catarinense Copérdia, a pesquisa concluiu que dividir a refeição do rebanho em quatro ou cinco porções diferentes – dependendo do mercado-alvo da produção – ao longo do dia melhora a eficiência alimentar.

Para o pesquisador da Embrapa Osmar Dalla Costa, um dos responsáveis pelo estudo, a adoção de técnicas capazes de reduzir o desperdício de insumos e aumentar o controle do processo produtivo é um “caminho sem volta” no setor. “Hoje, o grande desafio é reduzir o custo de produção. Na suinocultura, até 80% (desse gasto) está na alimentação de suínos”, diz. O experimento foi conduzido em duas propriedades de crescimento e terminação de suínos, situadas nos municípios de Aratiba e Presidente Castello Branco, cada uma com duas instalações distintas e 64 baias. Na primeira granja, voltada à produção de suínos para o abastecimento doméstico, foram acompanhados 768 animais suplementados com ractopamina. Na segunda, focada no mercado externo, os pesquisadores avaliaram 832 animais que não receberam o aditivo na ração.

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