Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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CBF tenta guinada, mas futebol feminino tem desafios básicos para massificar e profissionalizar a modalidade, por Laura Mariano e Tatiana Furtado/O Globo

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Apesar de impositiva, medida da entidade que obriga clubes de todas as divisões a formar times femininos é bem vista, mas precisa de contrapartidas para que projetos não sejam desfeitos e deixem sonhos pelo caminho. Miacela Vieira da Silva, a Mika, treina no quintal de casa em São Paulo Foto: Maria Isabel Oliveira

 

 

Micaela Vieira da Silva, de 29 anos, sonha com uma carreira no futebol. Mas, para garantir seu sustento, Mika, como prefere ser chamada, faz entregas por aplicativo. Ela chegou a jogar na Portuguesa por duas temporadas, nos anos de 2021 e 2022, mas hoje não tem mais time. Hoje, a atacante treina em casa.

— Meu sonho é ter um contrato assinado por mais de uma temporada. Ter vínculo empregatício, para não viver na incerteza de que, se acabar o campeonato, ainda teremos apoio do clube, no sentido financeiro, médico e emocional — afirma a atleta, que teve contratos temporários na Portuguesa e disputou dois Paulistas. — É viver naquela corda bamba. Quando o campeonato acabar, acaba o contrato junto.

A instabilidade dos projetos e a falta de um plano estruturado de investimentos seguem sendo fortes entraves para que o futebol feminino ganhe tração.

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