O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira que não foi informado sobre ações radicais que ocorreriam em Brasília no fim de semana do dia 8 de janeiro e que, na opinião dele, houve um ‘apagão’ geral do sistema de inteligência.
GDias, como é conhecido, pediu demissão na quarta-feira após virem à tona imagens dele no Palácio do Planalto no dia da invasão. No vídeo, divulgado pela CNN Brasil, ele aparece indicando uma porta aos manifestantes golpistas. Em seu depoimento à PF, o general afirmou que não prendeu manifestantes porque não tinha condições materiais de fazê-lo sozinho. Por isso, disse que os direcionou para o segundo andar do prédio, onde seriam presos, conforme previa o protocolo.
GDias negou omissão e argumentou que estava retirando extremistas de um setor do Palácio do Planalto, sem efetuar prisões, porque estava fazendo “gerenciamento de crise”. “Que indagado por que, no 3° e 4° pisos, conduziu as pessoas e não efetuou pessoalmente a prisão, respondeu que estava fazendo um gerenciamento de crise e essas pessoas seriam presas pelos agentes de segurança no 2° piso tão logo descessem, pois esse era o protocolo”, registrou a PF do depoimento, que durou cerca de cinco horas.
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