A cooperação técnica entre a prefeitura e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) foi oficializada nesta quinta-feira, 21, durante a Conferência Mundial do Clima (COP29), no Azerbaijão. Os recursos a fundo perdido, de cerca de R$ 2,5 milhões, serão utilizados para contratação de empresa com o objetivo de desenvolver soluções de drenagem para as sub-bacias da parte superior da bacia do Passo das Pedras, abrangendo o arroio Passo das Pedras e o arroio Passo da Mangueira.
A empresa contratada terá nove meses para desenvolver os estudos do sistema de drenagem e medidas estruturais e não estruturais para a bacia, que compreende 11 bairros da Zona Norte da Capital (Costa e Silva, Jardim Itu, Jardim Leopoldina, Jardim Sabará, Mario Quintana, Morro Santana, Passo das Pedras, São Sebastião, Sarandi, Vila Ipiranga e Vila Jardim), com cerca de 200 mil habitantes, segundo o IBGE de 2022.
“Os recursos internacionais a fundo perdido são necessários no momento em que o Município precisa se recompor dos efeitos da catástrofe. Os eventos climáticos fazem com que sejam necessárias ações concertadas para a melhoria da infraestrutura urbana e, consequentemente, da segurança da população”, afirma o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
Plano de Drenagem – Os estudos incluem a caracterização e o diagnóstico do sistema de drenagem da bacia dos arroios, com identificação dos locais de alagamento e das áreas de preservação e potenciais impactos, avaliação do sistema de coleta de esgoto e de resíduos sólidos e sua relação com o sistema de drenagem.
A partir do diagnóstico, a empresa deverá apresentar medidas para o aumento de capacidade de escoamento, amortecimento com reservatório, soluções baseadas na natureza, intervenções urbanas, sistemas de prevenção e alerta, entre outras ações.
As soluções identificadas deverão conter a estimativa de custo de implementação e viabilidade de instalação das intervenções. Para as alternativas selecionadas, será simulado o cenário de tempo de retorno de 25 anos, visando a identificar as potenciais medidas de emergência para este cenário.
O plano de ação prevê ainda sequenciamento de implementação das obras e intervenções, levantamento de dados para os projetos estruturais e não estruturais, projetos executivos, recomendações sobre os controles de resíduos sólidos nos reservatórios e manutenção. Também serão realizadas recomendações sobre as outras áreas de saneamento que se relacionam com a drenagem na bacia e sobre o meio ambiente, como o controle da qualidade da água pluvial.
“Esta iniciativa fortalecerá a capacidade do município de abordar eventos climáticos extremos relacionados a inundações, gerando conhecimento através deste projeto piloto que pode ser replicado em outras áreas da cidade”, destaca a diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini.