Porto Alegre, sábado, 20 de abril de 2024
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RS: “Leitura em Voz Alta” da obra "Max e os felinos", de Moacyr Scliar celebra Dia do Leitor na Biblioteca Pública do Estado

Detalhes Notícia

Comemorando o Dia do Leitor, celebrado em 7 de janeiro, acontece na terça-feira (14), às 16h30, no salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (BPE), mais uma edição do Projeto Leitura em Voz Alta. A obra escolhida para ser apreciada em grupo é “Max e os felinos”, de Moacyr Scliar, de aproximadamente 100 páginas. A entrada é gratuita.

O projeto Leitura em Voz Alta foi criado em 2015 pela professora Luiza Milano, dentro do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O intento do projeto é o encontro entre estudantes de áreas diversas, professores, convidados, leigos e curiosos, bem como a criação de cercos destinados à música das vozes e à ação dos ouvidos por meio da leitura em voz alta. Entre outras características da atividade, estão a vivência da leitura em grupo, debates literários, subversão da tradicional modalidade de leitura: solitária e silenciosa. 
MaxEOsFelinosA data temática foi criada em homenagem à fundação do jornal cearense “O Povo”, criado pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha, em 7 de janeiro de 1928. O periódico, conhecido por combater a corrupção e divulgar fatos políticos, trazia encartado um suplemento intitulado “Maracajá” e que se tornou um espaço de divulgação do movimento modernista literário no Estado nordestino.

A obra 
“Max e os felinos” foi lançada pela L&PM Editores em 1981 e, alguns milhares de exemplares e 21 anos depois, foi jogada numa polêmica internacional que acrescentou à sua vitoriosa carreira um ingrediente a mais de celebridade. Num tempo em que os livros aparecem e somem rapidamente, “Max e os felinos” deve sua longa vida ao fato de agradar os seus leitores, de ser uma excelente história e de ser sistematicamente indicada por professores em escolas de todo Brasil como um exemplo de narrativa instigante e de alto valor literário. E muito deste “valor literário” se deve à inesquecível imagem de um homem e uma fera em um minúsculo barco no meio do oceano.
(Curiosidade: em algumas edições foi acrescentada uma introdução do autor. O texto de Scliar fixa a posição intelectual do autor diante dos acontecimentos fartamente divulgados pela imprensa que dão conta da confissão de Yann Martel, autor de The Life of Pi (prêmio Booker de 2002), que deu origem ao filme A vida de Pi, onde o personagem Max se vê, após um naufrágio, num pequeno escaler no meio do mar juntamente com um aterrorizante jaguar. A mesma ideia e histórias diferentes).