Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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Pantanal sofre a maior devastação de sua história enquanto voluntários lutam para salvar os animais; El País

Detalhes Notícia
Área queimada é equivalente a Israel. Maior risco para a fauna é cair em áreas de fogo de turfas, a combustão de uma camada do subsolo, que queima e amputa as patas de veados, onças e antas. Voluntários e veterinários cuidam de onça pintada resgatada pela família Falcão durante as queimadas no Pantanal em Mato Grosso.JOÃO FALCÃO

 

 

Os incêndios que assolam o Pantanal há dois meses são os maiores da história. Dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) apontam que 15% do Pantanal foi consumido, uma área equivalente a 2,2 milhões de hectares, ou o território de Israel. Até meados de setembro, os satélites que que vigiam a região para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, já detectaram 12.703 focos ativos de incêndio, que representam dezenas de frentes descontroladas de queimadas. São os maiores números da série histórica da instituição, iniciada em 1998.

Mais do que números, no entanto, os incêndios na maior planície alagada do mundo são uma tragédia devastadora para um dos biomas até então mais preservados do país, abrigo de animais extintos em outras regiões, como a onça-pintada. Importantes refúgios de fauna foram dizimados na ampla zona que fica no extremo oeste do Brasil, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e as fronteiras da Bolívia, Argentina e Paraguai. Estão entre essas áreas o Parque Estadual Encontro das Águas, conhecido por ser morada da maior concentração de onças-pintadas do planeta, e a Terra Indígena Perigara, em Mato Grosso, e parte da Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul.

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