Benjamin Ferencz, que completou 100 anos em março, continua sendo acima de tudo um otimista. Embora ele tenha testemunhado atrocidades quando atuou como soldado a serviço dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, reunido provas dos crimes de guerra nazistas após o fim do conflito, e em seguida processado nazistas nos julgamentos de Nurembergue, sua visão positiva da vida segue firme.
De nada adianta se afogar em um rio de lágrimas, afirma Ferencz na introdução de um livro sobre ele, prestes a ser lançado. Ele diz que, se você chorar por dentro, é melhor rir por fora. A obra, intitulada Parting words: 9 lessons for a remarkable life (Palavras de despedida: 9 lições para uma vida marcante, em tradução livre), será publicada em inglês em 31 de dezembro de 2020.
Foi graças ao trabalho investigativo de Ferencz que os promotores dos julgamentos de Nurembergue, iniciados em 20 de novembro de 1945, puderam apresentar documentos comprovando os crimes dos nazistas. As provas foram utilizadas contra integrantes do círculo íntimo de Adolf Hitler, como Hermann Göring, Rudolf Hess, Baldur von Schirach, entre outros criminosos de guerra.
“Sem Ferencz, este julgamento espetacular poderia não ter acontecido”, declarou à DW o historiador Axel Fischer, um especialista nos julgamentos de Nurembergue.
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