Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Lotações de Porto Alegre enfrentam crise de passageiros; Jornal do Comércio

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De janeiro a outubro do ano passado, 3,5 milhões de usuários deixaram de utilizar o sistema LUIZA PRADO/JC

 

 

Os tradicionais micro-ônibus de três cores já não circulam pelas ruas de Porto Alegre como antigamente. Há pelo menos cinco anos, o sistema de lotações vem minguando gradualmente. E, em 2020, com a pandemia de Covid-19, os táxi-lotação mudaram drasticamente de perfil.

Proibidos de levar passageiros em pé, era comum que usuários fizessem o pedido de parada e fossem respondidos pelo motorista pelo tradicional gesto de lotado, quando as poltronas estavam todas ocupadas. Agora, esse cenário é raro. As viagens, além de muitos assentos vagos, são, na maioria das vezes, de trajetos curtos, resultado dos reflexos da pandemia do novo coronavírus no setor. De janeiro a outubro do ano passado, 3,5 milhões de usuários deixaram de utilizar o sistema, o que significa uma redução de 46,4% na comparação com o mesmo período de 2019.

No terminal de lotações da avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, o fluxo de passageiros é tímido se comparado a épocas mais fartas. Desde 2015, por exemplo, nunca mais saiu um veículo lotado do terminal das linhas Menino Deus e Vila Nova, alega o fiscal Eugênio Feijó, que há 30 anos vive de lotação; primeiro como motorista, depois como fiscal. Pelas ruas também é cada vez mais raro encontrar um carro das cores vermelha, azul e branca com todos assentos ocupados. “Hoje, se embarcarem 100 pessoas por dia no carro já é um bom número. Antes da pandemia, a média diária era de 170 passageiros por carro. E, antes dos aplicativos, colocava mais de 400 em cada um”, lembra Feijó, se referindo às linhas Menino Deus e Vila Nova, que são de sua responsabilidade.

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