A decisão da montadora Ford de ampliar suas operações na Argentina — e fechar todas as fábricas no Brasil após mais de 100 anos no país — não necessariamente reflete uma nova tendência.
Os dois países, aliás, enfrentam problemas semelhantes que diminuem sua atratividade aos investimentos estrangeiros.
A Argentina tem assistido à saída de diversas multinacionais de seu território: o grupo chileno de varejo Falabella, a rede de supermercados Walmart, as companhias aéreas Latam, Qatar, Emirates, Norwegian e Air New Zealand.
As francesas Pierre Fabre, farmacêutica, e Saint-Gobain, que produzia parabrisas no país, a americana Axalta e a alemã Basf, que se dedicavam à área de revestimento automotivo, também anunciaram que deixariam a Argentina.
No Brasil, além da Ford, a farmacêutica Roche divulgou em 2019 que encerraria suas operações no país até 2024. No fim do ano passado, a Mercedes-Benz informou que sairia do país, assim como a Sony, que se desfez da fábrica na Zona Franca de Manaus, onde estava há quase 50 anos.
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