Pela primeira vez, depois de mais de um ano de pandemia, um órgão ligado ao Ministério da Saúde
se posicionou contra o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19. A manifestação foi feita em um documento preliminar do grupo técnico formado pela pasta para elaborar um protocolo único sobre como os infectados devem ser atendidos.
O parecer cita como drogas que não mostraram benefícios clínicos a hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. E afirma que a ivermectina e a associação de casirivimabe e imdevimabe não devem ser utilizados contra a doença.
O texto será analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que abrirá consulta pública de 10 dias. O resultado pode mudar as orientações dadas pelo Ministério da Saúde. O chamado “kit Covid” é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento precoce mesmo sem evidências científicas.