Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Reforma do Imposto de Renda vai empurrar empresas para o endividamento, dizem economistas; O Estado de São Paulo

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Para José Roberto Afonso, Geraldo Bisoto Jr e Murilo Ferreira Viana, a hora para mexer no IR é imprópria e proposta "beira a insanidade". O economista José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 9/5/2017

 

 

 

A hora é imprópria e “beira a insanidade” aprovar a reforma tributária do Imposto de Renda, porque pode aumentar ainda mais as incertezas agravadas pela pandemia da covid-19 e pelas crises internas, alertam os economistas José Roberto Afonso, Geraldo Bisoto Jr e Murilo Ferreira Viana. Se o governo insistir, o resultado será mais complexidade no sistema, perda de arrecadação para os cofres públicos, aumento do fenômeno da pejotização (em que profissionais liberais atuam como pessoas jurídicas para pagar menos impostos) e estímulo ao endividamento das empresas.

O diagnóstico dos especialistas é que governo e Congresso tentam aprovar a reforma como se estivessem dirigindo um carro pelo retrovisor e olhando para a realidade do século passado, que não cabe mais num mundo de rápida transformação estrutural digital, que se acentuou com a pandemia.

Em estudo publicado pela revista Conjuntura Econômica do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os três alertam que o Brasil sofre hoje uma doença de apostar alto demais em respostas simplistas e fáceis para resolver questões complexas. No caso da reforma tributária do IR, avaliam, esse caminho é ainda mais perverso.

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