Porto Alegre, quinta, 02 de maio de 2024
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Falta de fertilizantes atinge cultivo de flores, por Maria Amélia Vargas/Correio do Povo

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Plantio de flores foi substituído parcialmente em propriedades gaúchas que durante a pandemia passaram a cultivar alimentos hortigranjeiros, estima a Associação Riograndense de Floricultura (Aflori) | Foto: Emater/RS-Ascar / Divulgação

 

 

Gravemente atingido pela pandemia, que cancelou eventos e restringiu o movimento em diversos setores da economia, a cadeia produtiva da floricultura precisou se reorganizar. No começo de maio em uma das datas mais favoráveis para o segmento, o Dia das Mães, houve incremento de 10% na comercialização de flores, comparado ao mesmo dia nos últimos dois anos, em relação aos dois últimos anos, segundo estimativa da Associação Riograndense de Floricultura (Aflori).

O presidente da entidade, Walter Winge, avalia que a pandemia reduziu a representatividade da floricultura no Rio Grande do Sul. Até 2020, afirma o dirigente, havia cerca de 900 propriedades com produção de plantas e flores ornamentais. Este número caiu “consideravelmente” nos últimos 24 meses, pois vários produtores decidiram por diversificar seus cultivos. “Muitos deles passaram a se dedicar também aos hortifrutigranjeiros ou acabaram abandonando o ramo mesmo”, destaca.

Neste ano, conforme Winge, o aumento de combustíveis e da energia elétrica está criando uma insegurança ainda maior nos produtores. “Os preços estão desajustados, pois este é um setor que necessita de aquecimento, automação”. Além disso, alerta, a ausência de fertilizantes prejudica especialmente este mercado, pois as flores são cultivadas em substratos praticamente inertes, dependendo única e exclusivamente da fertilidade que é adicionada pela adubação química. “Faltando isso, não há como cultivar. Ao contrário das outras culturas, que tem o solo como substrato natural”,diz.

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