O Museu Histórico Farroupilha (MHF), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), recebeu a doação de uma moeda de cobre de 40 réis cunhada em 1826, que será integrada às mais de mil peças da coleção TcheVoni, que estão expostas no Museu.

Segundo o doador e colecionador Volnir Júnior dos Santos, gaúcho de São Francisco de Paula, conhecido nas redes sociais como TcheVoni, a moeda possui o carimbo Piratini. “A moeda estava em circulação durante a República Rio-Grandense e por falta de lastro em ouro, as moedas receberam o carimbo Piratini para demonstrar sua soberania econômica e geopolítica” explicou o colecionador.

A peça está sendo catalogada no acervo do MHF e vai entrar em exposição na sala do colecionismo junto com outras peças que compõem o acervo comemorativo dos 100 anos da República Rio-Grandense, explicou a diretora do MHF, Luiza Rodrigues. “A moeda significa o resgate da República Rio-Grandense, visto que na época eles criaram o próprio carimbo para que ela pudesse circular. Receber mais uma peça da coleção TcheVoni é reconhecer que se criou um vínculo inquebrantável entre a nossa instituição e o doador. Estas peças retratam, diariamente, os caminhos percorridos por cada farroupilha e nos remetem ao seu passado de muita luta e bravura” explicou Luiza.

Para a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, trata-se de uma doação altruísta do Tche Voni para o Museu Farroupilha. É mais uma relíquia cultural da República Rio-Grandense que retorna à sua primeira Capital e que passa a ser patrimônio de todos os gaúchos.”

TcheVoni

Volnir Júnior dos Santos, conhecido nas redes sociais como TcheVoni, gaúcho residente em Natal, capital do Rio Grande do Norte, doou ao MHF, um acervo que foi fruto de mais de 20 anos de colecionismo e do amor de seu criador pela história do RS. O resultado é uma rica coleção de livros e objetos históricos como espadas, balas de canhão, documentos, moedas e itens comemorativos do período Farroupilha. Em 2019, Volnir procurou o MHF para manifestar o desejo de doar as peças à instituição. Em outubro daquele ano, a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, e a então diretora do Museu Farroupilha, Francieli Domingues, viajaram a Natal para tornar esse desejo uma realidade.

TcheVoni é um gaúcho aficionado pela saga farroupilha, que doou materiais da mais alta cotação histórica: mais de mil peças, resultado de mais de 20 anos de colecionismo, para o MHF.

O museu

Fundado em 1953 pelo Estado do Rio Grande do Sul, o Museu Histórico Farroupilha é considerado um pilar fundamental para construção da identidade gaúcha. Seu acervo é um dos principais narradores do episódio divisor de águas da história do Estado, a Guerra dos Farrapos, e a formação da República Rio-Grandense. Configura-se em uma matriz para pesquisas de valor histórico e científico e em equipamento cultural e turístico de Piratini.

Endereço

Rua Coronel Pedroso, 77

Piratini