Porto Alegre, domingo, 05 de maio de 2024
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'Rezem pela Argentina', dizem ministros de Fernández após renúncia do titular da Economia, por Janaína Figueiredo/O Globo

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Após 24 horas de agonia, economista próxima a Cristina Kirchner foi confirmada como sucessora de Martin Guzmán. O presidente da Argentina, Alberto Fernández: 'Teríamos gostado de ter outra Cúpula das Américas' Patrick T. FALLON/AFP

 

 

Usando uma expressão do Papa Francisco, muito próximo do presidente Alberto Fernández, um ministro do governo argentino desabafou ao ser perguntado sobre a crise política que assola a Casa Rosada: “rezem pela Argentina”. O tom foi irônico, mas o pano de fundo é dramático. A renúncia do ministro da Economia, Martin Guzmán, no sábado, não foi uma surpresa para integrantes do Gabinete de Fernández, que agora esperam, sem saber exatamente como isso poderá acontecer — já que o diálogo é praticamente inexistente —, uma recomposição do governo negociada entre o chefe de Estado e sua vice, Cristina Kirchner.

No fim da noite de domingo, depois de um telefonema entre Fernández e sua vice — possível graças à mediação de Estela de Carlotto, presidente das Avós da Praça de Maio — finalmente foi confirmado por meios de comunicação locais o nome de quem assumirá o Ministério da Economia, a economista Silvina Batakis, muito próxima da vice-presidente.

Alguns já duvidam na Argentina de que Fernández conseguirá completar seu mandato, que termina em dezembro de 2023. Na rede social Twitter, jornalistas de longa trajetória como Maria O´Donnell falam abertamente sobre os riscos que existem hoje no país: “É evidente que este não é o tipo de crise que se resolve com uma mudança de ministro, agora está em jogo a Presidência de Alberto Fernández”.

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