O deputado estadual Tiago Simon (MDB) é um dos obstáculos para destravar a aliança entre seu partido e o PSDB no Rio Grande do Sul em torno da reeleição de Eduardo Leite para o Palácio Piratini. O acerto tem dimensão nacional, já que é a condição imposta pelos tucanos em troca do apoio à candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Tiago Simon é apontado por pessoas do partido como membro da ala bolsonarista do MDB gaúcho, que flerta com a pré-candidatura do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). Tiago é filho do ex-senador Pedro Simon, de 92 anos, um dos nomes de resistência à ditadura na política nacional e atualmente um contumaz crítico do governo de Jair Bolsonaro.
Com base política nas igrejas evangélicas, Tiago Simon é simpático a bandeiras caras ao bolsonarismo. No final de junho, comemorou a decisão da Suprema Corte que suspendeu o direito automático das mulheres ao aborto nos EUA. Nas redes sociais, criticou a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) por ameaças a ministros do STF. E atacou a defesa de “linguagem neutra nas escolas”.
A oposição do deputado a Leite não é de hoje. Mesmo quando o MDB fazia parte da base do ex-governador, Tiago Simon votou contra algumas das reformas propostas pelo ex-governador para sanear as contas públicas estaduais.
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