Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
img

Incentivados por Bolsonaro, militares vão reforçar exposição do TSE e suposta fragilidade das urnas, por Felipe Frazão/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Em novo ofício, pasta pedirá mudanças em testes públicos e de integridade dos votos e incentivar auditoria externa dos partidos. O presidente do TSE, Edson Fachin, disse que todas as entidades integrantes da comissão devem ter as mesmas oportunidades de se manifestar. Essa resposta foi entendida na caserna como uma negativa da Justiça Eleitoral ao último pedido de reunião técnica. Foto: Wilton Junior/Estadão

 

 

As Forças Armadas vão pressionar novamente a Justiça Eleitoral. O Ministério da Defesa planeja remeter novo ofício cobrando respostas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a três questionamentos sobre a segurança do sistema de votação. A ação corrobora o que prega o comitê de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Atrás em pesquisas de intenção de voto a menos de 90 dias da eleição, Bolsonaro promove uma campanha de suspeição das urnas eletrônicas.

As Forças Armadas querem insistir, principalmente, numa reunião específica entre militares do Comando de Defesa Cibernética e técnicos civis da Justiça Eleitoral. O objetivo, segundo generais, seria discutir alguns critérios adotados pela Corte e a ampliação dos testes públicos de segurança, que devem incluir um novo modelo de urna a ser usado pela primeira vez em 2022. Mudanças no teste de integridade das urnas, e incentivo a auditoria externa feita por partidos, como pretende o PL.

“Não há sistema que não mereça aperfeiçoamento”, disse o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, nesta quarta-feira, 6, em comissão na Câmara. Os militares descartaram a ideia adotada pela Polícia Federal, de programar um software próprio para auditar a contagem de votos. Mas já desenham planos para que se engajem na fiscalização de cada etapa do processo.

Leia mais em O Estado de São Paulo