No domingo de manhã, os argentinos acordaram cedo e correram para o supermercado, a padaria, o shopping, onde quer que pudessem se abastecerem com rapidez. O noticiário da noite anterior havia trazido uma bomba: o ministro da economia, Martín Guzmán, havia renunciado de repente. E os argentinos, há muito acostumados ao caos financeiro, sabiam que a crise atual estava prestes a piorar ainda mais.
Antes que a cotação do dólar disparasse assim que os mercados reabrissem, e antes que os varejistas aumentassem os preços, correram para comprar o essencial o mais rápido possível.
Foi uma corrida contra a inflação em um país que já tem uma das taxas mais altas do mundo – 60% ao ano em maio. A taxa de câmbio paralela da Argentina, livre dos rígidos controles do governo, registrava desvalorização de 17% do peso até quinta-feira, o que levou os lojistas em Buenos Aires a colocar cartazes anunciando um aumento de 20% em todos os preços.
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