O senador Lasier Martins (Podemos-RS) foi um dos primeiros a propor o adiamento do segundo turno das eleições após a entrevista coletiva em que o ministro Fábio Faria e Fábio Wajngarten alegaram que rádios do Norte e do Nordeste deixaram de veicular propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro (PL).
Nesta sexta-feira (28), no entanto, os responsáveis pelo caso na campanha presidencial afirmaram que a movimentação pelo adiamento foi prejudicial ao próprio Bolsonaro, que queria a reposição das inserções, e não o adiamento das eleições.
Faria disse que se arrepende profundamente da entrevista e que o diálogo com o Tribunal Superior Eleitoral naufragou após a movimentação pelo adiamento. Wajngarten também lamentou o pedido de adiamento por “pessoas externas à campanha”.
Martins diz ao Painel que “agora é tudo é pretexto” e que pode se tornar bode expiatório caso Bolsonaro perca para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se der errado, foi isso que aconteceu, foi esse o prejuízo. Isso é problema deles. Se, por exemplo, o Bolsonaro perde, eles podem dizer ‘ah, me prejudicou o anúncio de adiamento’. Poderão invocar isso. A verdade é que o adiamento acabou não acontecendo, e nosso inexpugnável Alexandre de Moraes extinguiu o processo por inépcia”, afirma Martins, que ressalta ser um parlamentar independente e que não está a serviço da campanha de Bolsonaro.
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