A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já tinha tudo pronto. Assim que acabasse a eleição presidencial, a entidade iniciaria uma campanha imaginada pelo presidente Ednaldo Rodrigues desde março deste ano, quando foi eleito: despolitizar a camisa da seleção.
A versão oficial é que, às vésperas da Copa do Mundo, a confederação quer “celebrar a paixão” do povo brasileiro pela seleção. Mas a ideia de tentar afastar a camisa amarela da polarização política no país não é nova.
“Nossa mensagem é de incentivo. O futebol não vive sem o torcedor. E conectar as pessoas de todas as idades, lugares, cores, raças, ideologias e religiões ao futebol é o nosso propósito”, disse Rodrigues.
Desde 2015, quando começaram os protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a camisa da seleção passou a ser usada como símbolo da direita. Também é utilizada pelos partidários de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições presidenciais no final do mês passado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
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