Decidido a não passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro deverá deixar o Brasil antes do fim do seu mandato e embarcar para os Estados Unidos nos próximos dias. Em clima de despedida, ele se manteve recluso no Palácio da Alvorada na sua última semana no cargo e, ainda abatido pela derrota nas eleições, foi aconselhado por aliados a submergir pelos próximos meses. A viagem, segundo auxiliares próximos, atenderia a dois objetivos: dar um tempo para se recuperar emocionalmente e evitar qualquer ato que possa implicá-lo futuramente na Justiça, em especial algo que incite manifestações mais radicais de seus apoiadores.
Diante da confirmação que Bolsonaro não participará da cerimônia de posse, a equipe que trabalha na transição de governo discute quem deve passar a faixa presidencial para Lula no dia 1º de janeiro. Como mostrou a colunista do GLOBO Malu Gaspar, uma das ideias aventadas é incumbir da missão o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Essa possibilidade entrou no radar porque o decreto que instituiu a faixa presidencial, em 1910, prevê que o presidente da República, ao ser empossado, receba o distintivo “das mãos do presidente do Congresso ou das do presidente do Supremo Tribunal Federal, conforme a posse se verificar perante este ou aquele poder”. Responsável pela organização da cerimônia, a futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, porém, já confidenciou a pessoas próximas que avalia escalar pessoas que representem a diversidade da população brasileira para entregar a faixa a Lula.
Leia mais em O Globo