Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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Universidades do RS buscam ajuda no Reino Unido para promover igualdade de gênero, por Caue Fonseca/Folha de São Paulo

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Projeto que envolve sete instituições vai mapear presença feminina e obstáculos para mulheres na ciência. A pesquisadora Gabriela Bitencourt Ferreira, 23, doutoranda em biologia celular e molecular - Divulgação/PUCRS

 

 

Ao fazer um pós-doutorado em farmacologia na Universidade de Montreal, uma cena impressionou a professora e pesquisadora Maria Martha Campos. Em um dia congelante do inverno canadense, deparou-se com um grupo de mulheres passando frio do lado de fora da faculdade. Perguntou do que se tratava.

Eram todas as trabalhadoras de um dos setores da universidade. Haviam descoberto um posto em que um homem estava recebendo remuneração maior do que as colegas mulheres. Até que a distorção fosse corrigida, todas se recusaram a iniciar suas jornadas de trabalho.

“Você vai perguntar quando foi isso. Pasme, foi no início dos anos 2000 e lembro até hoje. Estamos 20 anos atrasados nessa discussão, mas finalmente fazendo algo sobre isso”, diz a pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

Para detectar e corrigir distorções de gênero no meio acadêmico, as universidades PUCRS e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) firmaram parceria com a King’s College London, da Inglaterra. O projeto Mulheres na Ciência é concentrado sobretudo nas áreas de ciência em que a presença feminina ainda é pequena, como tecnologia, engenharias e matemática.

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