Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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PL das Fake News: Mais de 100 deputados e big techs pressionam para adiar votação do projeto, por Julia Affonso/O Estado de São Paulo

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Grupo de parlamentares afirma que é preciso mais tempo para debate, apesar de proposta estar em discussão há três anos; movimento tem apoio de plataformas digitais. Plenário da Câmara na data de votação da derrubada do veto à imposição de penas mais duras a quem compartilha fake news Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

 

 

Um bloco com mais de cem deputados pressiona o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a retardar a votação do Projeto de Lei das Fake News. O movimento também conta com apoio das chamadas big techs, como Google. Apesar de a proposta estar em discussão no Congresso há três anos, os dois grupos afirmam que é preciso mais debate e defendem a criação de uma comissão especial na Câmara para analisar o texto antes de levá-lo ao plenário.

A versão mais recente do PL prevê que políticos não poderão bloquear seguidores em seus perfis oficiais nas redes sociais e que aplicativos de mensagens devem limitar a distribuição massiva de conteúdos e mídias, por exemplo. Há previsão de multa entre R$ 50 mil e R$ 1 milhão, por hora, para empresas que não cumprirem decisões judiciais para “remoção imediata de conteúdo ilícito”. Divulgação de desinformação passará a ser punida com até três anos de prisão.

A previsão é de que os deputados votem o requerimento de urgência da proposta na próxima quarta-feira. São necessários 257 votos para aprovação deste regime de tramitação. Caso seja aprovada a urgência, o projeto deve ser debatido e votado no dia seguinte. Em abril do ano passado, o plenário da Câmara rejeitou conceder urgência ao projeto, em sintonia com os interesses do então presidente Jair Bolsonaro.

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