A vitória de Donald Trump foi, por falta de palavra melhor, histórica. Além de ter conseguido ganhar nos estados pêndulos o partido Republicano levou o Senado e se encaminha para controlar também a Câmara. Isso aponta que Trump terá todos os graus de liberdade que quiser para impor sua agenda econômica, onde destacamos:
1-) tarifas de importação, e;
2-) corte de impostos de empresas.
Não vou me alongar nesse comentário sobre os efeitos disso na economia americana e mundial, os ativos já corrigem nessa direção com Dólar ganhando força e juros nos EUA subindo.
O que me interessa hoje é perceber que a vitória de Trump irá colocar muita pressão sobre o Palácio do Planalto para fazer cortes de gastos o mais rápido possível. A conta é simples: se Lula não estancar a piora da visão das contas públicas o Dólar em alta irá destruir em 2024 as chances dele (ou o PT) ganhar em 2026.
A questão agora é existencial para o governo; como as urnas já mostraram na eleição municipal a direita/centro/(escolha mais um ao seu gosto) no Brasil mostrou sinais fortes de aderência social (vou deixar isso em aberto também, escolha seu motivo favorito).
Se isso é verdade podemos ter uma perspectiva relativamente positiva para o mercado de capitais no Brasil no médio prazo. Todo o esforço do Governo será estancar os gastos em 2025 para tentar criar condições mais favoráveis em 2026.
Talvez o mercado goste disso.