O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) concluiu nesta terça-feira, 12, mais uma etapa das obras emergenciais nos diques da Zona Norte. As equipes realizaram a supressão da vegetação que cresceu nas estruturas do sistema de proteção contra cheias, retardando a continuidade da elevação de cota.
A remoção das árvores ocorreu somente após a emissão de licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), por solicitação do Dmae. O documento foi entregue ao prefeito Sebastião Melo na última terça-feira, 5, durante reunião com o governador Eduardo Leite no Palácio Piratini.
“Com o vencimento desta etapa, vamos voltar a ganhar velocidade na obra do dique que passa atrás da Fiergs. Nosso objetivo é concluir esta fase emergencial dentro do prazo acordado com a população, de até oito meses a contar do início dos trabalhos, em agosto deste ano”, afirma o diretor-geral do Dmae, Mauricio Loss.
Obra emergencial – Anunciada em reunião com os moradores do bairro Sarandi, em julho, a obra emergencial dos diques da Zona Norte está em andamento desde 30 de agosto. O objetivo é elevar a cota das estruturas – que, hoje, varia de 4 a 4,5 metros – a um patamar equivalente ao da enchente de maio (5,5 metros).
No dique da Fiergs, este processo já começou. Enquanto isso, no do Sarandi, foi necessária a construção de um acesso seguro aos maquinários, por meio de um canal entre as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 9 e 10. Agora, o Dmae estuda a melhor opção para o fornecimento de argila para a obra.
Conforme projeto elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), nos anos 60, os diques localizados ao Norte da Capital devem ter cota de 7 metros. Para atingir este patamar, o Dmae contratou um estudo de geotecnia, que está em andamento junto das obras emergenciais.